Como quisera escrever sentimentalidades!
Pensou em coisas doces e bem planas. Observara magia, beleza e esplendor.
Desejara contar-lhe tudo: os sonhos, os presságios, os risos, a saudade, o segredo e toda sua vastidão.
Sonhara lhe dar o mundo, mas contentou-se em doar a própria alma.
Quis parafrasear grandes escritores. Lembrou de versos e citações mil. Encontrou trechos de músicas e frases que julgara ser de encaixe perfeito. Fechou os olhos e ficou com o que tinha: o amor valsando por entre palavras que ela mesma desconhecia.
Quis falar dos anjos e das flores que contemplara nos campos. Quisera metaforizar as borboletas e os jardins ensolarados. Sorriu pro vento e as mudanças de que é capaz. Agradeceu por te-lo trazido até aqui.
Sentiu a natureza e toda sua diversidade. Estava agora inundada numa euforia que suplicara não ter fim.
Como implorara a eternidade!
Desfez-se do medo e de todas as limitações que o acompanham. Deu margem a própria existência e todo o universo que carrega consigo.
Recordou o passado e as cicatrizes latejaram. Ignorou. Prometeu não mais se submeter.
Olhou pro lado e encontrou planos, um em cada esquina. Escorreu uma lágrima. Cerrou os punhos e descansou: não ousara mais desistir.
Tingiu o amor em preto e branco. Viu-se revestida de pieguice. Deu de ombros.
Quisera terminar o que começou. Estudou: tudo tem seu inicio, meio e fim.
Fizera questão de colocar em prática...
Não conseguiu.
(BALBY, Dandara) 31.08.08
Pensou em coisas doces e bem planas. Observara magia, beleza e esplendor.
Desejara contar-lhe tudo: os sonhos, os presságios, os risos, a saudade, o segredo e toda sua vastidão.
Sonhara lhe dar o mundo, mas contentou-se em doar a própria alma.
Quis parafrasear grandes escritores. Lembrou de versos e citações mil. Encontrou trechos de músicas e frases que julgara ser de encaixe perfeito. Fechou os olhos e ficou com o que tinha: o amor valsando por entre palavras que ela mesma desconhecia.
Quis falar dos anjos e das flores que contemplara nos campos. Quisera metaforizar as borboletas e os jardins ensolarados. Sorriu pro vento e as mudanças de que é capaz. Agradeceu por te-lo trazido até aqui.
Sentiu a natureza e toda sua diversidade. Estava agora inundada numa euforia que suplicara não ter fim.
Como implorara a eternidade!
Desfez-se do medo e de todas as limitações que o acompanham. Deu margem a própria existência e todo o universo que carrega consigo.
Recordou o passado e as cicatrizes latejaram. Ignorou. Prometeu não mais se submeter.
Olhou pro lado e encontrou planos, um em cada esquina. Escorreu uma lágrima. Cerrou os punhos e descansou: não ousara mais desistir.
Tingiu o amor em preto e branco. Viu-se revestida de pieguice. Deu de ombros.
Quisera terminar o que começou. Estudou: tudo tem seu inicio, meio e fim.
Fizera questão de colocar em prática...
Não conseguiu.
(BALBY, Dandara) 31.08.08