terça-feira, setembro 30, 2008

Minha Sentença


Não adianta, não vou voltar atrás! Não vou pedir desculpa pelas suas falhas.
Eu sei errar é humano. Mas você precisa aprender.
Toda vez é a mesma coisa: a gente discute e eu certa ou não, vou a sua caça, num refúgio qualquer.
Dessa vez vou deixar que se isole. Sinta de perto a solidão. Chegue ao lugar que você tem tanto insistido pra chegar. Não vou te pegar no meio do caminho.
Já é hora de você aprender que a vida não é do jeito que a gente quer. Que nem sempre estamos certos. Acabou essa brincadeira idiota de tentar ver sempre o outro bem quando ele mesmo assina sua sentença de sofrimento.
Orgulho estúpido!
O telefone está aqui na minha frente. Recuso-me a discar o seu número. Espere, espere bem calmamente o som da minha ligação... Não vai acontecer!
Mude seu jeito, seus instintos. Por que eu tenho que me adequar a você? Será que não mereço um esforço sequer seu?
Amor não é estar em paz o tempo todo. Não é aceitar tudo. Logo, essas discussões não interferem em absolutamente nada no que sinto por você. Eu só não vou deixar outra vez, mais uma vez as coisas fluírem como se nada tivesse acontecido e como se você estivesse com razão o tempo todo.
Posso ter uma chatice excessiva. Sei que sou dona de um ciúme incalculável, mas posso trabalhar meus defeitos um a um, paulatinamente. Eu to sempre em busca de melhora. To sempre agindo de uma forma mais coerente, medindo palavras a atitudes, o tempo todo.
Não quero mais a dor do que você causa com consciência. Quero que você melhore no que estou certa de que você tem capacidade de melhorar.
Isso é tão ruim assim?
Não quero o seu mal nem quero que você se torne outra pessoa. Sou apaixonada por você e por isso insisto tanto em que você melhore dentro daquilo que você é. Uma reforma, nada de mudança.
Esqueça os contratempos, o passado. Fuja do que há muito não te pertence mais.
Os erros cometidos em outrora com outras pessoas não têm o mesmo resultado de quando praticados comigo. Tenho outra forma, outro corpo. Sou outra mente nova alma, intenso coração.
A gente ta sempre querendo inovar. Temos mania de olhar pra trás e ao encontrarmos falhas prometer a nós mesmos que elas nunca mais acontecerão, não da mesma forma. Afirmamos e quase como um martelo batido três vezes, condenamos a nós mesmos que tudo será diferente.
Concordo em crescer, em não se deixar abater com as velhas coisas de sempre. A experiência é mãe da sabedoria. O segredo é manter o equilíbrio, é não ousar do extremismo.
Eu não to aqui pra pagar os erros alheios. Eu não estive presente naquele pedaço da sua história, não contribuí em nada nem mesmo nos fracassos. Agora sim eu estou aqui e não acho justo participar de uma cena trágica só porque há certo tempo num mesmo enredo você tomou outra atitude e se deu mal.
Não sei o quanto essa estratégia vai me custar. Prefiro não mensurar a dor e a ausência da tua voz agora a me dizer coisas que amenizassem o que se passa aqui dentro.
Despeço-me de você, nesse exato momento, sem previsão alguma de quando irei te encontrar.
Esperarei pelo barulho do seu carro ao chegar à minha garagem e a leveza dos seus passos quando se direciona perfeitamente a mim.
De coração apertado
Da tua eterna amada,
Dandy.

(BALBY, Dandara) 28.09.2008

sábado, setembro 27, 2008

Para alguém bem fútil


É mesmo surpreendente sua falta de caráter! Impressionante como ousa da calma e da serenidade de quem nunca plantou o mal.
Personalidade, coisa pra poucos, insisto em dizer. A sua deve ta perdida por aí, em algum lugar qualquer. Talvez num labirinto onde você tem medo de não sair.
Suas atitudes fracas e suas palavras vãs não te levam a lugar nenhum senão ao fracasso, fracasso de uma vida que deseja ter e não alcança. Não alcança porque os seus olhos imersos em inveja e cobiça te impedem de ver o caminho certo.
Mais cuidado ao usar meu nome nessa tua boca suja. Você tem tido sorte: ultimamente tenho estado numa paz de espírito muito grande. E outra coisa, dizem que raiva dá rugas e eu é quem não vou acelerar meu processo de envelhecimento por sua causa. Quanta honra eu te daria...
Pense bem antes de sair por ai levantando falso como forma de desmoralizar a mim e a quem comigo divide a vida. Antes de me irritar com o que você faz, eu ignoro. Não é todo mundo que merece a minha troca de palavras.
Só não acho que esse tipo de coisa seja uma espécie de atração pro seu currículo. Mas bem, não cabe a mim intervir no que convém ou não a você.
Antes de estragar a felicidade alheia, busque a sua. Viva a sua vida, não a dos outros. Analise bem seus próximos passos para que sua vida não vire uma eterna sucessão de equívocos.
E pare com essa infantilidade de ameaça, se é tão mulher quanto se mostra: FAÇA! Não fique com essa de “me aguarde”.
No tocante a mim, não se preocupe! Não perca mais seu tempo analisando e planejando cada detalhe do que vai fazer pra me atingir. Tudo que vem de você eu amasso e jogo fora, como folhas velhas e amareladas que vão pro lixo depois de um tempo.
Quanto menor você tenta me deixar, de um lugar mais alto eu te avisto.
Receba com carinho o meu desprezo.
Felicidades!

(BALBY, Dandara) 27.09.2008




sábado, setembro 13, 2008

Em Busca da Perfeição


Essa minha mania (ridícula) de querer desabafar (sempre) e de não saber suportar a dor provocada por uma palavra engasgada quiçá despercebida (intencionalmente) e\ou um sentimento sufocado ainda vai me matar.
Tenho sempre que está falando, analisando, mostrando. É sempre o mesmo cenário: um palco e dois artistas (um coadjuvante outro principal).
É um tal de querer melhorar de se doar de se fazer entender de querer compreender de aceitar (o outro).
To sempre naquela intenção de resolver.
Essa história de deixar pro tempo nunca fez minha cabeça. Sempre fui decidida e determinada em demasia pra escolher entregar pra ele (o senhor de tudo, já gostam de dizer) meus enredos, minhas cores e meus laços.
Não, não sei ficar sentada de pernas cruzadas esperando pelas horas. Daqui que elas acordem, decidam o que vestir e saiam de casa a situação já tomou novas dimensões e o que antes era remediável agora parece não ter cura.
Comodismo não faz parte do meu dicionário corporal. Dessa de vagar pelo mundo e escorregar nos próprios erros eu to fugindo.
Sinto e presto tanto atenção em tudo que me cerca e que te envolve que soa como se você de nada soubesse e eu com todo esse conhecimento te assusto, sempre te assusto. Parece que a minha visão te embarça e que quanto mais eu te aponto as direções menor eu te deixo.
E eu não sei se posso chamar isso de persuasão ou de verdade (a nossa, a qual você sozinho não consegue apalpar).
Estranho esse mundo secreto do sentir. Às vezes nem eu consigo entender.
Falar das emoções é expor a própria alma e talvez eu não esteja preparada pras críticas nem pros aplausos.
É uma gritaria convulsionante aqui dentro: fantasmas, previsões e possibilidades (grandes e pequenas).
Nunca consigo ficar só, muito embora tenha essa necessidade inúmeras vezes. São zumbidos e conselhos a me importunar o tempo inteiro. O mais engraçado é que saem das minhas entranhas. Preciso me afastar até de mim, de vez em quando.
Lápis. Papel. Palavras soltas.
Um joguinho de letras que me persegue continuamente. São invasões diárias de frases feitas com sentimentos (mesmo sem a intenção disso).
É como se um dos meus habitantes corresse até minhas mãos e dissesse: escreve, escreve. Compartilha tudo isso.
Não, eu não posso. Disse mil vezes. Nem todo mundo me entende.
Eu escrevo porque sou teimosa. Mentira! Escrevo porque isso pulsa em mim, lateja paulatinamente, o que propaga mais a dor.
Loucura penso, às vezes, tudo isso aqui.
Queria poder não sentir não entender e assim não fazer questão...
Ser só mais uma.
A alma de quem sabe é de um brilho infinito, ainda que estilhaçada, pois é sábio aquele que vivencia e não que narra às tragédias e vitórias alheias. E por vezes eu desejei ter a alma completa, inteira. Como eu quis aprender e não ensinar.
Ter conhecimento te faz adulta mesmo sendo criança. Tuas experiências de vida te tornam chata. Teu comportamento te alterna em amargo, frio e eufórico. A perfeição exigida do que um dia fora não-perfeição te transforma em quem...
Grita. Chora. Tenta. Culpa-se. Enoja-se. Fraqueja.
Faz-te mutante dos reflexos de si mesmo.
O desejo de acertar é visto como insuportável. O evitar torna-se aí um monólogo enfadonho e assim o que é feito pro bem se torna um veneno letal.

(BALBY, Dandara) 13.09.2008








Pequenos Detalhes


Há tantas coisas que eu quero que você saiba.
São tantos detalhes, meu bem.
Um corpo jogado ao poço ou um poço encarnado num corpo?
Tenho me sentido vazia ainda que com tanta coisa a me invadir (o tempo todo).
São overdoses de medo e revolta diante daquilo que posso, mas não consigo mudar.
São minhas palavras a machucar outro coração e é outro coração a me maltratar.
Uma caixa de quase. Um rio de dor.
Teus pensamentos tão pequenos e tão frágeis...
Tua boca tão linda e tão prolixa...
São fantasmas, são paredes...
São de LUA.
É um consumo excessivo de mim. Uma alma inquieta. Um peito estridente.
Mágoas, tantas mágoas a passear pelas minhas veias que não sei o que fazer com todas elas. Algumas se transformam em medo e outras viram poesia.
O passado que ficou lá atrás você ainda tenta alcançar.
Eu já te disse: isso me queima, destrói.
A individualidade que eu não quero precisa estar aqui (agora, urgente).
As marcas são ecos que eu não faço questão de ouvir.
Você, sempre você a carregar o peso do que é meu.
Largue minhas malas, o conteúdo não te cabe.
Eu sei, quer ver, quer saber, quer jogar fora...
Não, eu não me importo.
Rasgue. Amasse. Dissolva.
Só não me diga que sou eu que vivo a lembrar do que hoje é só mais uma mais outra experiência.
Fique aqui ao meu lado. Permaneça. Nunca se vá.
Abrace-me. Beije-me. Acalme-me.
Escute o som que produz meu coração na orquestra regida pelo seu. A valsa perfeita dos corpos que se a[traem]. A sincronia belíssima do que se completa. A emoção que me invade e me leva as palavras e produz desconcerto.
São detalhes, pequenos detalhes que eu não sei mais dizer.

(BALBY, Dandara) 13.09.2008

segunda-feira, setembro 08, 2008

Ao seu equívoco


Não meu bem, sinceridade não é isso.
Não se aposse mais assim de conceitos que não lhe dizem respeito! Deixe-os para quem os cabe usar. Não insista em vestir uma roupa que não lhe entra.
E eu fico me perguntando por que tem gente assim, que tenta mostrar o que não é. Que quer porque quer vender uma falsa imagem, usar outra identidade.
Cheguei à conclusão de que pessoas assim não têm amor próprio, não se gostam o suficiente para andar de cabeça erguida e então roubam os adjetivos e reticências dos outros. Tentam levar-lhes tudo...
Hipócrita! Venenosa! Ladra!
Gosto de prestar atenção no que proferem: é incrível o paradoxo existente entre uma palavra e uma atitude. Falam, falam, falam... Todo mundo acha bonito e no final das contas estão se contorcendo de cobiça, de inveja. Aquele tipo de frase copiada, sabe?
Pessoas desse naipe não sabem contemplar os outros: queriam o brilho pra si! Não apóiam uma opinião sensata: queriam te-la originado.
E eu tenho dó do que definem como AMIZADE: não passa de um interesse (do que se é, do que se tem).
Farsa por cima de farsa. Uma máscara cobrindo a outra. Um eterno carnaval que fazem de si e uma palhaçada que tentam fazer dos outros.
Não caríssima, o mundo não gira em torno do seu umbigo. Então baixa essa bola. Assume teu nome, tua origem, tua cor e esse teu calculismo. Impõe respeito com o que tu tens e não com o que tu furtas.
Antes de sair por ai desfilando mentiras, afoga-te nas tuas verdades.
Tudo que vem de ti é bem planejado: as palavras, os movimentos e até mesmo as circunstâncias.
Não se aproxime de mim com esse jeito leve e esse olhar detonador. Dos que nada me acrescentam estou correndo há anos luz. Será que vai tentar me alcançar?
Então me deixe. Regue sua vida, seus percalços e alentos. Deixe que do meu espaço cuido eu.
Despeça-se de mim como alguém que um dia prezou em conhecê-la e hoje apenas agradece por ter aprendido tanto com a rejeição e o egoísmo disfarçado de amizade.
Seja feliz com o que tem.
Um conselho?
Admire o alheio, não queira pra si.
Boa-sorte com seus projetos, caminhos e afins...
Felicidades, fofa!
(BALBY, Dandara) 08.09.08

sábado, setembro 06, 2008

À minha amiga DEPRESSAO


Eu quero que você saiba que eu to cada vez mais forte e que agora já não é mais como antes.
Você me consumia se infiltrava, me desnorteava... Levava-me o chão.
Durante todo esse tempo que você insistiu em me acompanhar, trouxe consigo o medo. A sua presença enfadonha me fez acreditar que eu estava à beira da loucura. Recordo-me de cada colapso nervoso e da fraqueza que me invadia e me arrastava e fazia de mim o que bem quisesse... E muitas vezes me deixou numa cama: sem vida, sem força, sem luz.
Não tem mais platéia pro seu espetáculo. Recuso-me a assistir o show que você tem bem planejado pra mim.
Ontem eu poderia ter te deixado me abalar. Foi difícil. Por um momento pensei em me render. Quis tomar banho, trocar de roupa e me deitar. Poderia ligar pra alguém e conversar, conversar e conversar... O que ninguém entende e me questiona como, detalhes e por que.
Resolvi manter a calma. Não fiz alarde. Não contei a ninguém. Afirmar o que sinto a tornaria mais real. E tudo que você quer é isso: se concretizar na minha vida. Pois te afirmo que agora a vítima aqui é você. E tenha cuidado, não costumo perdoar quem me fere.
Assisti aula normalmente. Gosto quando você me deixa só. Cheguei a imaginar que você rondava os corredores da faculdade, procurando, quem sabe, outro alguém.
Aprendi muito com sua instabilidade, seus valores e suas faces mutantes. Sei dos teus casos, das tuas conseqüências e dos teus planos.
Teus horários ingratos gostam de me perseguir. Mas não se preocupe, conheço teus gostos e teu jeito de dormir. A mim não incomoda mais...
Não me venha mais com esse caminhado leve, de longe eu posso escutar teus passos. Não tente mais me envolver e me fazer assim tão sua, do seu jogo conheço as regras.
Não me espere não me chame nem me queira...
Não quero teus conselhos nem tua voz maldita a me importunar. Não quero dicas, não, eu não quero!
Você tem inveja de mim. Quer meu corpo, meus afetos, meu sorriso e até minhas fotografias.
Amizades desse tipo eu não quero.
Não pise mais na minha casa nem guie meus pés pra onde eles já não suportam mais ir...
Lamento dizer que não foi bom enquanto durou.
Um pesadelo que eu vivi acordada, é assim que defino a sua insistente companhia.
E quer saber? Pegue suas malas, suas bagagens e caia fora da minha vida porque nela não tem mais espaço pra você, não mais... Nunca mais.
Aqui está o seu atestado de fracasso.

(BALBY, Dandara) 06.09.08

terça-feira, setembro 02, 2008

Satisfação



Como se fosse uma obrigação.
Sabe que não é.
Quer porque quer arrancar o que ainda não tem forma.
Tira porque incomoda.
Apaga. Rasga. Irrita-se.
Quer arrancar-lhes as entranhas como se pudesse traduzi-las só em vê-las...
Não pode!
Sente, sente e sente...
Quer dividir, compartilhar. Quer se livrar.
Recusa-se a aceitar, a esperar, obedecer...
Prefere a certeza do abismo à dúvida do céu.
Roga adjetivos, predicados e verbos...
Oferecem-lhe pausa seguida de ponto (final).
Observa. Ignora. Critica.
Quer escrever...
O que lhe ocorre. O que lhe fere. O que lhe mata. O que não convém.
Quer escrever o que sente e o que sente ainda não se definiu.

(BALBY, Dandara) 02.09.08

Quem sou eu

Minha foto
Natal, RN, Brazil
Leonina, segundo o zodíaco. Dona de uma personalidade forte e por vezes receosa. De um gênio incrível, gostam de dizer... Apaixonada por música, igualdade, livros e afins... Teimosa. Previsível e inquieta (MUITO). Da noite. Do dia. De casa. Da rua. Dos sentimentos. Das palavras. Das vírgulas e dos pontos continuando...

São do meu agrado...

* O Último Samurai
* Escritores da Liberdade
* Um Amor pra Recordar
* O Diário de uma Louca
* Celular - Um Grito de Socorro
* Cidade dos Anjos
* Em Busca da Felicidade
* Senhor das Armas
* Tróia
* Separados pelo Casamento
* Jogo de Amor em Las Vegas
* Um crime Perfeito
* Annapolis
* Garota Interrompida
* O Exorcismo de Emily Rose
* A Proposta
* Marley e Eu
* Crepúsculo
* Lua Nova
* Eclipse
* Shrek
* Tropa de Elite 2
* Muita Calma Nessa Hora
* Lembranças

Leituras Adoráveis

  • *Lembra de Mim?
  • * Férias
  • * Fora de Mim
  • * Feia
  • * Trilogia Millennium (Os Homens que Não Amavam as Mulheres/ A Menina que Brincava com Fogo/ A Rainha do Castelo de Ar
  • * Melancia
  • * Querido John
  • * O Segredo de Emma Corrigan
  • * As Brumas de Avalon
  • * Crepúsculo (Lua Nova/Eclipse/Amanhecer)