Deveria ter corrido e deixado para trás as sandálias e aquele rosto inquieto. Quisera segurar as pontas do vestido e tocar a grama rapidamente até chegar aos degraus que a levariam para casa.
Teve medo. Sentiu saudade no instante em que imaginou se distanciar. Imaginou as palavras, cada uma delas. Lábios entreabertos – não conseguiu falar!
Tivera vontade de proferir quatro palavras que tirariam aquele gosto amargo da boca. Conteve-se. Esperou uma atitude dele, qualquer uma.
A tensão do silêncio lhe corroia. Era o vazio, o nada construindo império.
Desejou o calor daquele corpo. Tentara dissolver o que definiu como pretérito naquele momento. Aproximou-se na tentativa de induzi-lo a um abraço. Equilíbrio térmico e nada mais. As mãos dele percorriam o sul da cabeça, cada vez mais baixa e voltada para o chão. Ela tentara acompanhar seus olhos e fazê-los enxergá-la. Como precisara daquele olhar!
Ao constatar que da realidade havia-se feito um quadro, decidiu pedir um abraço. Serena como uma menina que contempla estrelas, cerrou os olhos e contou os segundos para aqueles braços envolverem o seu estreito corpo.
Ele a envolveu com braços fracos e coração resistente. Ela cerrou os olhos e abriu o peito na espera angustiante de tornar aquela tensão numa magia estelar.
Sim, segurou as lágrimas e o desespero. Pedia carinho em cada suspirar. Lembrou do que deveria ter feito e ainda tinha tempo de fazer. Não tivera coragem, não seria ela agindo assim. Mas, foi embora e levou consigo o silêncio e o desespero de escutar aquela voz a lhe dizer: “Volta aqui!”.
(BALBY, Dandara) 08.12.08
Teve medo. Sentiu saudade no instante em que imaginou se distanciar. Imaginou as palavras, cada uma delas. Lábios entreabertos – não conseguiu falar!
Tivera vontade de proferir quatro palavras que tirariam aquele gosto amargo da boca. Conteve-se. Esperou uma atitude dele, qualquer uma.
A tensão do silêncio lhe corroia. Era o vazio, o nada construindo império.
Desejou o calor daquele corpo. Tentara dissolver o que definiu como pretérito naquele momento. Aproximou-se na tentativa de induzi-lo a um abraço. Equilíbrio térmico e nada mais. As mãos dele percorriam o sul da cabeça, cada vez mais baixa e voltada para o chão. Ela tentara acompanhar seus olhos e fazê-los enxergá-la. Como precisara daquele olhar!
Ao constatar que da realidade havia-se feito um quadro, decidiu pedir um abraço. Serena como uma menina que contempla estrelas, cerrou os olhos e contou os segundos para aqueles braços envolverem o seu estreito corpo.
Ele a envolveu com braços fracos e coração resistente. Ela cerrou os olhos e abriu o peito na espera angustiante de tornar aquela tensão numa magia estelar.
Sim, segurou as lágrimas e o desespero. Pedia carinho em cada suspirar. Lembrou do que deveria ter feito e ainda tinha tempo de fazer. Não tivera coragem, não seria ela agindo assim. Mas, foi embora e levou consigo o silêncio e o desespero de escutar aquela voz a lhe dizer: “Volta aqui!”.
(BALBY, Dandara) 08.12.08
4 comentários:
de onde ela vinha? e porque ela estava assim?
Oiex!!
Passa lá no Escritos tem um presente pra você.
BjoOº!
Eu que agradeço ter conhecido você e seu blog!!!
É assim que funciona: ele tem uma regra para presentear 15 blogs, mas essa eu jah descumpri, por este motivo nao a coloquei. Você tem que expor essa imagem como um post, aí vc coloca o link d quem te presenteou, dpois vc escolhe alguns blogs para presentear. Coloca o link deles tbm, nao esqueça de avisá-los que vc esta presenteando.
Abraços!!!
QQr coisa eh soh falar!!
bjux!
Eu também nao apontei 15 blogs, isso fica ao seu critério!
^^
:)
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