
Deu vontade de chorar. De repente ecoou um vazio. Sinto algo estranho, algo que não sei definir, mas que de certa forma me fez sentir saudade. Trouxe-me uma lembrança bonita e um futuro destruído: sem amor, doçura, risos e desejo.
Quanta fraqueza! Às vezes me sinto como um depósito de frustrações e ilusões ou até mesmo a estrela de um palco de marionetes, aonde muitos me vêm muito feliz sem saber que isso advém dos movimentos de uma mão alheia, desconhecida e impetuosa.
Acredito que minha vitalidade está no sofrimento, em toda dor que sou capaz de suportar. Pode ser que da minha própria doença venha a minha tão sonhada cura.
Seria certo me questionar tanto as razões de tudo que me acontece? Acho que não, mas é inevitável querer saber as respostas.
Não sei amar de verdade. Apenas um rosto e um corpo, nada de alma, afetos e sentimentos agradáveis. Nada de eternidade. O que me constitui é o hoje, o aqui e o agora porque nada do que sonho pode acontecer. Porque tudo se perde tão rápido quanto a velocidade da luz. Porque tudo se apaga e eu não consigo enxergar mais nada. Porque eu já não tenho mais o que oferecer além do medo...
(BALBY, Dandara) 08.06.08
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