Odeio limites e regras. Detesto imposições, falta de argumentos e bom senso. Não suporto injustiça, descrença e despeito. Também odeio esperar, não ser bem interpretada e ter pesadelos. Não me faz bem a ansiedade, a eterna busca de tantas equações mal resolvidas na minha própria vida.
Não gosto de indiferença, não gosto! Repudio a ignorância e a grosseria. Rasgo as banalidades e as coisas ditas sem pensar. Rasgo sim, mas, às vezes fica um pedaço aqui comigo. Esse pedaço é que me machuca e que por muitas vezes me faz fraquejar.
Detesto ser tão fraca quando posso ser tão forte. Quão mal me faz pensar que tudo poderia ter sido diferente se eu, apenas eu tivesse trilhado outro caminho, porque sempre e sempre há duas opções e parece-me que eu ando enlaçada num emaranhado de equívocos.
Dói relembrar tantas coisas poderem ter sido feitas, ditas e mostradas. Dói a recordação do que ficou pra trás como um NADA quando eu poderia ter feito de tudo isso uma grande RAZAO.
Enfraquece-me as almas desprovidas de humanidade, de igualdade. Como pode haver tantos corações tão frios, amargos e cruéis?
Enxergar tudo que poderia ter seguido um outro rumo é como ser apunhalada pelas costas.
Falar do que a gente não gosta é mesmo muito fácil porque a crítica se faz presente no nosso cotidiano. Já estamos acomodados, conformados e de mãos atadas mediante tudo o que nos torna tão pequenos. Só pensar e interpretar não adianta a de se transformar, modificar e é por isso que eu só escrevo porque não posso mudar o mundo sozinha. Agora, afirmo, a minha parte eu faço. Se reconhecem ou não, fazer o quê? Estamos infiltrados nessa alienação e os poucos que se salvam não se juntam pra quem sabe, revolucionar porque do jeito em que estamos ou ficamos presos num sonho ou vamos a luta. E na minha concepção, essa é uma batalha que está bem longe de ser travada....
(BALBY, Dandara) 13.05.08
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